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Greve de caminhoneiros afeta associados da Copagril

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A greve dos caminhoneiros e transportadores, que está acontecendo em diversos estados brasileiros, atingiu a região Oeste do Paraná, impedindo a circulação de mercadorias e afetando diversos setores, principalmente as indústrias.

Para o diretor-presidente da Copagril, Ricardo Sílvio Chapla, a manifestação dos caminhoneiros é justa e estes profissionais têm diversos motivos para reclamar e cobrar melhorias. Mas existe uma preocupação com a situação dos associados da Copagril e demais produtores rurais. “Estamos acompanhando o aumento de impostos, taxas, combustível e outras ações que têm prejudicado a população como um todo. Mas nós, como produtores, estamos sofrendo ainda mais, porque além de todos os problemas que a população tem sofrido, somos impedidos de produzir e obter nossa renda. Então, este é um momento muito delicado e está sendo de grande prejuízo para todas as cooperativas”, destacou.

Por isso, a Copagril pede o bom senso dos manifestantes, para reconhecer que estão prejudicando a renda de produtores rurais, principalmente aqueles que trabalham com bovinocultura leiteira. Ricardo também pediu a compreensão por parte dos associados. “Tem algumas situações que não temos o que fazer, temos que aguardar e esperar a situação normalizar”, afirmou.

A greve atingiu principalmente os produtores de leite. Por estar como os estoques lotados, a Frimesa suspendeu a coleta do material nas propriedades desde terça-feira e não tem previsão de regularizar a situação. Se as manifestações se prolongarem, prejudicarão também a suinocultura e a avicultura, que podem ter abates suspendidos.

A greve também afetou as unidades comerciais da Copagril, principalmente os supermercados, que tiveram que administrar a falta de alguns produtos, como carnes, frutas e hortaliças. Segundo o gerente do Supermercado Copagril da Av. Maripá, em Marechal Cândido Rondon, Gilmar Zanatta, cerca de 20% das cargas previstas não estão conseguindo chegar ao destino.

Outra preocupação também é a falta de combustíveis. Nos postos da Coopagril, mesmo com o grande volume de abastecimentos, não chegou a faltar e novas cargas de diesel e álcool já estão a caminho. O problema, agora, é com a central de abastecimento, em Maringá, que não tem gasolina para distribuir. Espera-se que novas cargas cheguem até amanhã para que, aí sim, os caminhões transportadores possam trazer cargas de gasolina até a região.

“Esperamos que as manifestações tenham resultado, que consigam a sensibilização dos governantes e que haja um entendimento. A reivindicação é justa e quanto antes for resolvida melhor para todos e para os produtores rurais”, concluiu Chapla.

Fotos: Giuliano de Luca/O Presente

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