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Milho safrinha: ataque de percevejos e tratos culturais

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Com o fim do zoneamento agrícola marcado para o dia 28 de fevereiro, próximo sábado, o plantio do milho safrinha se encaminha para a etapa final na área de ação da Copagril.

A preocupação, agora, é com a grande incidência de percevejo na região, principalmente o barriga-verde, conforme explica o engenheiro agrônomo Edimar Oswald, da Copagril. “Mesmo com o uso de inseticidas, algumas lavouras estão sendo prejudicadas pela praga. Por isso, o produtor deve fazer as aplicações suplementares na fase inicial da cultura, de 10 a 20 dias depois da emergência, para evitar os danos”, recomenda.

Segundo Edimar, esta praga é de difícil visualização e os estragos só são notados nas plantas depois de alguns dias. Então, por segurança, o produtor deve efetuar a aplicação do inseticida específico para o controle. Além de sugar a seiva e danificar as folhas do milho, o percevejo injeta toxinas na planta, causando distúrbios fisiológicos, que resultam na morte do pé de milho ou formação de brotos improdutivos.

 

Tratos culturais

A boa notícia é que algumas áreas afetadas ainda podem se recuperar. “Desde que haja um clima favorável e com a ajuda de alguns tratos culturais”, alertou o agrônomo.

A cultura do milho é extremamente exigente na questão da adubação e a que tem melhores respostas. “A boa ou a má nutrição da planta define o potencial produtivo na fase inicial, que é o tamanho da espiga, o número de fileiras na espiga, o número de grãos na fileira. Por isso é importante realizar a cobertura com adubação via granulada ou foliar”, orientou.

A fase ideal de cobertura é aquela em que a planta define seu potencial produtivo, entre os 15 a 25 dias após a emergência do milho. No caso de cobertura granulada (via solo), ela pode até ser antecipada. Quando for via foliar (adubos foliares) a adubação pode ser feita quando já existe uma área foliar considerável, ou seja, com o terceiro par de folhas, entre 20 a 25 dias após a emergência.

Para aplicação em cobertura via granulada, que não se perde com a volatilização, é possível fazer com o solo mais seco, desde que se tenha previsão de chuvas nos dias após a aplicação.

De acordo com o Edimar, o ideal é que a cobertura, seja granulada ou foliar, seja feita não só nas áreas onde a cultura foi prejudicada pelo percevejo, mas em toda a lavoura, visando a melhoria da produtividade do milho safrinha. Em caso de dúvidas sobre o manejo, entre em contato com a equipe técnica da Copagril.

Fotos: Comunicação Copagril

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