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Milho safrinha: atenção para o controle de ervas daninhas

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Assim como a colheita está em ritmo acelerado, o plantio do milho safrinha também está. Conforme a área técnica agronômica da Copagril, em torno de 90% das lavouras de soja já foram colhidas e, destas, 70% já foi semeado com milho safrinha.

Com a cultura em desenvolvimento, é preciso realizar o manejo adequado, incluindo das ervas daninhas. “A cultura precisa nascer no limpo, ou seja, sem competição inicial, se não, terá perdas do potencial produtivo. E é nas ervas daninhas que, normalmente, se alojam muitas pragas, principalmente o percevejo, que também pode causar sérios danos. Portanto, antes do plantio ou logo após, antes da emergência, é importante a limpeza da área com herbicidas específicos”, explicou o engenheiro agrônomo da Copagril, Edimar Oswald.

 

Medidas de controle

Conforme o agrônomo, o controle após a emergência do milho e das ervas deve ser feito na fase inicial da cultura e, neste caso específico, quando a planta tem entre duas e seis folhas. Mas ele alerta que, antes da aplicação do herbicida, é importante saber que tipo de milho foi plantado. “Os híbridos se dividem entre dois grupos: os híbridos transgênicos Bt (híbridos tolerantes ou resistentes à lagartas) e os híbridos transgênicos Bt com resistência também ao Glifosate ou Roundup (RR, como é mais conhecido). É importante que o produtor conheça bem estas tecnologias para que possa escolher o que será usado”, destacou.

Mesmo nos híbridos RR, Edimar alerta que é importante o uso da atrazina no controle das ervas daninhas. “A associação da atrazina é importante para melhorar o espectro de ação sobre as ervas e também para o controle da soja tiguera (guacha), que obrigatoriamente deve haver em função do vazio sanitário. Onde havia a soja convencional o Glifosate controla a tiguera, mas é importante associar a atrazina para melhorar o controle das ervas emergidas e da soja tiguera e aumentar o espectro de ação”, explicou.

Outra orientação do profissional quanto aos híbridos RR é o cuidado que se deve ter em relação a deriva de herbicida para as áreas vizinhas, pois o híbrido ao lado pode não ser um RR e a deriva pode causar grandes prejuízos ao vizinho que plantou apenas um híbrido Bt. Portanto, deve-se conhecer o tipo de híbrido ao lado e, principalmente, fazer a aplicação sem ventos, utilizando produtos antideriva, que podem auxiliar e evitar danos nas áreas vizinhas.

Segundo Edimar, é importante que o produtor verifique, caso tenha dúvida, a nota fiscal de compra para saber qual híbrido ou tecnologia foi comprado. E, ainda, consulte a assistência técnica da Copagril que orientará a melhor forma de manejo do milho safrinha.

Lembrando que, realizar um bom controle das ervas daninhas na cultura da safrinha de milho pode facilitar o manejo das ervas para a safra de verão, principalmente porque pode ser diminuído o banco de sementes de ervas, e com isso até diminuir o custo de produção da soja ou milho no verão.

Fotos: Comunicação Copagril

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