Notícias

Monitoramento de pragas: soja com vagem requer atenção especial

Compartilhar

Boa parte das lavouras de soja da área de ação da Copagril está iniciando a formação de vagens e o enchimento de grãos. Portanto, este é o momento de intensificar o monitoramento das pragas, especialmente dos percevejos e lagartas. Eles estão presentes desde o período vegetativo, mas são realmente prejudiciais após o início do desenvolvimento das vagens, fase em que a cultura é mais sensível ao ataque e, também, há um crescimento na população de ambas as pragas, resultando em danos irreversíveis, se não manejados adequadamente.

Controle de pragas

A tomada de decisão para o controle das pragas deve seguir o programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP), que é a união de métodos de controle. O objetivo é fazer com que a população de uma praga não atinja um dano com prejuízo econômico maior que sua medida de controle.

Para o monitoramento, o método recomendado é o do pano-de-batida. Ele deve ser colocado enrolado entre as fileiras da soja, com cuidado para não perturbar os insetos. Após desenrolar o pano, as plantas de um metro de fileiras devem ser inclinadas sobre ele e levemente batidas com as mãos, para que os insetos caiam sobre o pano e sejam contados.

A vistoria na lavoura deve ser executada, no mínimo, uma vez por semana. O número de pontos amostrados varia de acordo com o tamanho da área cultivada: para lavouras de até 10 hectares, seis pontos de amostragem são suficientes; de 10 a 100 hectares, devem ser avaliados dez pontos; em casos de lavouras maiores, indica-se dividir a área em talhões de 100 hectares.

As medidas de controle devem ser realizadas conforme os níveis de ações recomendados pelo Manejo Integrado de Pragas, em função da quantidade de percevejos e lagartas registrados nas amostragens. O controle deve ser realizado quando a população atingir dois percevejos por pano-de-batida.

É importante lembrar que, entre as pragas com maior potencial de dano para a soja, deve-se atentar para ocorrência da lagarta da soja, falsa medideira e as lagartas de mais difícil controle, como as do gênero Helicoverpa e Heliotis, assim como o percevejo-verde pequeno e o percevejo-marron.

É fundamental que o monitoramento e as medidas de controle, com base nos MIP, sejam realizados com eficiência, utilizando, quando necessário, produtos mais seletivos, que favoreçam a sobrevivência e a permanência dos inimigos naturais na lavoura, protegendo assim o meio ambiente e proporcionando à cultura da soja um ambiente para demonstrar seu máximo potencial produtivo.

A área técnica agronômica da Copagril orienta para que os produtores observem constantemente suas lavouras e, assim que percebam qualquer infestação, contatem seu assistente técnico para que ele oriente o melhor manejo.

Foto: Divulgação

Galeria de imagens