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Controle inicial de pragas do milho safrinha

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Assim como avança a colheita da soja, está sendo realizado o plantio do milho safrinha. Conforme o engenheiro agrônomo Leandro Dadalt, da Copagril, é importante que o produtor dê atenção especial ao milho já semeado, realizando o manejo inicial das pragas. “Deve-se conhecer as com maior potencial de danos, para que não interfiram na manutenção do número de plantas por hectare. Entre as pragas, destacam-se o percevejo e a lagarta do cartucho, que podem causar grandes danos na lavoura”, informou.

Segundo o agrônomo, há muitos percevejos da soja nas lavouras e, após a colheita, estes permanecem no solo e se alimentam das plantas jovens do milho, o que pode causar redução do número de pés por unidade de área. “Quando o ataque dos percevejos ocorre em plantas mais desenvolvidas e a planta não morre, é comum o aparecimento de perfilhos improdutivos, além de crescimento desuniforme”, alertou.

 

Medidas de controle

 

O controle desses insetos pode ser por meio do tratamento de sementes ou posteriormente, com aplicações de inseticidas. “Quando o controle é realizado após a emergência do milho, é preciso estar atento ao momento mais adequado para a pulverização. Aplicações atrasadas, depois dos 15 dias da emergência da planta, podem reduzir a eficácia do controle. Neste caso, mesmo havendo sucesso no controle do percevejo, podem aparecer danos, pois a toxina que o inseto injeta já está na planta”, ressaltou.

De acordo com Leandro, o ideal é plantar a semente já tratada com inseticida e fazer ao menos uma aplicação pós-plantio, logo nos primeiros dias da emergência, para que o desenvolvimento das pragas não se eleve. “Os percevejos precisam realizar a picada de prova para serem contaminados com o inseticida, então, se tiver uma população elevada, ainda podem causar danos à cultura”, explicou.

 

Lagarta do cartucho

 

A lagarta do cartucho é a principal praga do milho, por sua ocorrência generalizada e por atacar todos os estágios de desenvolvimento da planta.

As larvas da lagarta recém-eclodidas iniciam a alimentação pelas partes mais tenras das folhas, deixando sintomas de dano característico. Elas se alimentam apenas da parte verde, sem causar furos, ou seja, raspam as folhas. Com o desenvolvimento da praga, caso não seja efetuado o controle, começam a se alimentar do cartucho do milho. “Conforme for o ataque das pragas, a medida de controle deve ser realizada da fase inicial até nas plantas mais desenvolvidas, sendo que se torna mais eficiente quando as pragas estão na fase jovem de desenvolvimento”, orientou.

Ele lembra ao produtor que realizou o plantio de milho BT para também ficar atento ao ataque da lagarta, uma vez que a presença desta praga em grande quantidade poderá causar dano, não sendo suficiente somente o controle da transgenia do milho.

O monitoramento da cultura e o controle das pragas são necessários para que a cultura se desenvolva bem. Em caso de dúvida, contate a área técnica da Copagril da sua região, que irá lhe orientar sobre a melhor medida de controle.

Texto: Comunicação Copagril e Fotos: Divulgação

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