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O mito injusto do frango

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A qualidade e a tecnologia empregada permitiram à avicultura brasileira atingir patamares de eficiência sem precedentes. Com fortes investimentos e décadas de pesquisa focada no ganho produtivo, nosso setor desenvolveu a capacidade competitiva que o colocou na liderança mundial das exportações. Nesse sentido, o frango brasileiro passou a se desenvolver mais rapidamente, e com carne de melhor qualidade e sabor, utilizando a combinação entre alta tecnologia de ambiência, genética e alimentação à base de milho e soja, em um sistema integrado entre produtores e frigoríficos. São diferenciais que nenhum outro país reúne.

Apesar da enorme aceitação nacional e mundial, o setor avícola luta para desfazer um eterno e injusto mito: o de que o frango brasileiro é criado com adição de hormônios. Acusações são feitas sem qualquer embasamento técnico, e muito menos levando em conta estar se referindo ao resultado do trabalho de centenas de milhares de pequenos produtores.

A presença de hormônio em aves é um mito utilizado para justificar o crescimento e o menor tempo de abate dos frangos comerciais. Pesquisas mostram que a seleção genética é responsável por 90% da eficiência no ganho de peso. As evoluções nas áreas da genética e da nutrição (com base em dieta balanceada e eficiente), além do manejo nutricional e sanitário, resultam em uma ave que requer aproximadamente 1/3 do tempo e 1/3 do total de alimento de uma ave desenvolvida na década de 1950, por exemplo.

No Brasil há um rígido controle sanitário promovido anualmente pelo Ministério da Agricultura, por meio do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), com análises sobre a ocorrência de resíduos nos produtos – desde a implantação do PNCRC, nunca foram constatadas ocorrências de utilização de hormônios. O levantamento promovido pelo Mapa é o principal atestado sobre o elevado padrão produtivo da avicultura brasileira.

Em 2012, a produção foi de 12,645 milhões de toneladas. O frango comercializado no Brasil é o mesmo vendido no mercado internacional, que impõe sérias condições sanitárias para os produtos que importa. A proibição ao uso de hormônios é uma delas, por isso, nossas granjas e frigoríficos passam por constantes inspeções de técnicos estrangeiros, assim como é comum a aplicação de testes na carne na chegada ao porto de destino. O fato de o Brasil ter se tornado, a partir de 2004, o maior exportador mundial do produto, representa um atestado à qualidade e à sanidade do produto, que está em mais de 150 países e com vendas de quase 4 milhões de toneladas para o exterior.

A Ubabef vem se mobilizando há tempos para desfazer essa má imagem de um produto de alta qualidade e sanidade, obtido a partir de uma produção de excelência. Neste sentido, tem empreendido várias ações, em que se destacam as realizadas em redes sociais, como a criação da fan page “Amo Frango”, e a realização da semana gastronômica São Paulo Frango Week. Promove, ainda, atividades em eventos destinados a nutrólogos, assim como atua junto à mídia, respondendo prontamente as matérias que ajudam a perpetuar o mito.

Ter a preferência de milhões e milhões de brasileiros, alcançar e manter o primeiro lugar entre os maiores exportadores de carne de frango, levando nosso produto aos quatro cantos do planeta não foi tarefa fácil. Tão difícil quanto isso é lutar contra a injustiça de um mito. A Ubabef está fortemente empenhada e tem convocado toda a cadeia produtiva contra esta mentira. Essa é uma batalha que somente juntos conseguiremos vencer.

 

Autor: Francisco Turra, presidente-executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

Texto: Ubabef e Fotos: Comunicação Copagril

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