Com as chuvas dos últimos dias, a soja recém-implantada está se desenvolvendo muito bem na região. Conforme o engenheiro agrônomo Edimar Oswald, da Copagril, os primeiros plantios já estão iniciando o florescimento com o fechamento da linha. “O clima dos últimos dias favoreceu muito a cultura, que de maneira geral, se apresenta com bom potencial produtivo até o momento. Essa condição também é favorável para que os nÃveis das pragas se mantenham relativamente baixos, porém já constatamos presença de algumas que devem ser controladas”, alertou.
O agrônomo destaca que, na soja, as pragas principais são as lagartas e os percevejos, e as secundárias são os ácaros, mosca branca, broca das axilas, dentre outros. Devido ao dano que podem causar, as lagartas e os percevejos preocupam mais.
Desta forma, é de extrema importância o monitoramento das lavouras. “A preocupação no momento é relacionado ao controle de pragas, principalmente quanto a helicoverpa armigera, que até o momento está sob controle”, frisou.
O engenheiro explica que a helicoverpa é semelhante a lagarta das maçãs do algodoeiro, o que pode confundir o produtor. Ele aconselha que, quando detectada a presença de qualquer lagarta, se faça a aplicação de produtos quÃmicos na fase inicial, não deixando que a praga progrida. “Em relação aos outros anos, o que diferencia é o inÃcio do controle, que deve ser mais cedo, o tamanho das lagartas, menor que 2 centÃmetros (lagartas pequenas), e o número de lagartas, no máximo duas por metro quadrado na fase reprodutiva (a partir do florescimento). O importante é manter a população dessas pragas em um nÃvel baixo”, orientou.
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Controle de pragas
Existe uma lista de produtos recomendados pela Embrapa, com maior ou menor eficiência, dependendo da população e fase da praga. Conforme Edimar, no inÃcio, podem ser utilizados os fisiológicos, que são mais seletivos. São produtos importantes na primeira aplicação, por serem aliados ao controle e preservarem os inimigos naturais da praga.
Os fosforados e as diamidas (grupo importante de inseticidas) também controlam as pragas numa fase mais adiantada. Mas, para isso, o produtor deve consultar a recomendação do assistente técnico. “Quando o clima está favorável à cultura, como agora, a praga na maioria das vezes não se desenvolve tanto, porque ocorre um controle natural e os produtos são mais eficazes. Acreditamos que fazendo um bom monitoramento da praga, aplicando na época certa, não devemos ter muitos problemas”, salientou.
Texto e Fotos: Comunicação Copagril