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Atenção à infestação de ervas daninhas pós-emergência

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Depois de concluído o plantio da soja e do milho da safra de verão, é o momento de ficar alerta para a infestação de plantas daninhas e, assim, evitar a competição. “As plantas daninhas competem com as culturas, por água, nutrientes e luz, além de serem hospedeiros de pragas e doenças. Assim, diminuem a qualidade do produto que será colhido”, relata Edimar Oswald, engenheiro agrônomo da Copagril. Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as perdas por infestação de ervas daninhas podem chegar a 80% da lavoura, dependendo da infestação.

Para a assistência técnica da Copagril, o controle efetivo das plantas daninhas se inicia antes do plantio, ou seja, no momento da dessecação, pois as culturas precisam nascer no limpo, sem competição inicial, o que auxilia muito no controle pós-emergente.

Para Edimar, as condições climáticas estão favoráveis. Mas, o que é bom para soja pode ser também para as ervas daninhas, que se desenvolvem com bastante vigor. “Por isso, o produtor precisa ficar atento e evitar a mato competição, fazendo as aplicações dos químicos na época e fase adequada”, alertou. O controle químico deve ser realizado de 20 a 25 dias após a emergência da cultura, ou quando as ervas estiverem entre a 2ª e 6ª folhas.

Para o controle em sojas convencionais, é de suma importância o produtor observar a fase das ervas daninhas no momento da aplicação, pois pode significar o bom ou mau controle. Por isso, é importante monitorar constantemente. Em alguns casos, serão necessárias aplicações sequenciais, que é a aplicação em duas vezes. Faz-se a primeira com 2 folhas e entre 7 e 12 dias após, a segunda. Neste procedimento é controlado um eventual rebrote ou uma segunda geração de ervas que possa a germinar. “Sendo assim, os plantios feitos no mês de setembro, que representam aproximadamente 50% da área de ação da Copagril, já se encontram na fase de aplicação de herbicidas”, orienta Edimar.

Cuidados nas aplicações

- Preparar a calda observando o pH da água. Muitas vezes é necessário utilizar redutor de pH;

- Na soja convencional, utilizar produtos específicos, de acordo com o tipo de ervas e doses adequadas, conforme orientação técnica;

- As aplicações devem ser realizadas com adequada umidade do solo, de forma que a planta não esteja em stress hídrico, nas horas mais frescas do dia e com umidade relativa do ar acima de 60%. Também é necessário cuidado com excesso de orvalho;

- Realizar aplicações quando os ventos estiverem amenos (apenas uma brisa fraca). Aplicações com ventos fortes, entre outros problemas, podem fazer com que se erre o alvo;

- Evitar as sub-doses ou doses excessivas, para evitar fitotoxidade na cultura, ou mau funcionamento do produto;

- Utilizar pulverizador bem regulado com pontas de bico adequadas;

- Utilizar sempre equipamentos de proteção individual (EPI), para evitar qualquer tipo de intoxicação.

Texto e Fotos: Comunicação Copagril

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