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Cooperativas do Paraná superam meta de R$ 200 bilhões de faturamento

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As 225 cooperativas do Paraná vinculadas ao Sistema Ocepar deverão encerrar 2023 atingindo faturamento de R$ 202 bilhões, superando a meta financeira do Plano Paraná Cooperativo 200 (PRC200), o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense, que era de R$ 200 bilhões. Esse foi um dos principais resultados do setor anunciados pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, nesta sexta-feira (01/12), em Maringá, Noroeste do Paraná, no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses.

Agora, de acordo com Ricken, as cooperativas do Paraná estão se preparando para uma nova etapa, visando assegurar o desenvolvimento sustentável do setor.

Segundo ele, atingida a meta, bem antes do previsto, que era em 2026, será iniciado um novo ciclo, talvez, sonhando com R$ 300 ou R$ 400 bilhões, por ano, para o futuro próximo. Potencial existe para tanto.

Na visão dele, esse é o jeito de funcionar das cooperativas: com planejamento, profissionalização, inovação e gestão, no passado, agora e no futuro.

O valor de R$ 202 bilhões que deve ser alcançado neste ano pelo setor representa um aumento de aproximadamente 8,5% no faturamento das cooperativas paranaenses, em relação à movimentação financeira de 2022.

José Roberto Ricken destacou ainda que, em 2023, o número de cooperados aumentou 13,8%, ultrapassando os 3,6 milhões. São quase 400 mil novos cooperados, com destaque para as cooperativas de crédito, que possuem 370 mil associados, e as agropecuárias, com mais 15 mil produtores cooperados.

O presidente do Sistema Ocepar lembrou que o cooperativismo paranaense está finalizando este ano contabilizando 150 mil empregos diretos, o que representa um crescimento de 10,14% em relação à 2022. Ainda de acordo com Ricken, essa geração de empregos é reflexo especialmente dos investimentos feitos pelo setor que, em 2023, chegaram ao equivalente a R$ 6,4 bilhões, principalmente em infraestrutura produtiva e agroindústrias, sendo que há 10 mil vagas em aberto, em sua grande maioria nas unidades agroindustriais das cooperativas. “Há falta de mão de obra qualificada, sendo comum a busca diária de trabalhadores a dezenas de quilômetros das unidades agroindustriais de cooperativas para, assim, atender a demanda local. Essa tem sido uma limitação para maior expansão agroindustrial em algumas regiões menos populosas do Estado”, disse Ricken.

Ramos cooperativistas

O dirigente cooperativista destacou ainda o trabalho de cada um dos sete ramos de atuação do cooperativismo paranaense: agropecuário (62 cooperativas), crédito (54), saúde (36), infraestrutura (19), trabalho, produção de bens e serviços (15), transporte (32) e consumo (7). As cooperativas agropecuárias, por exemplo, que integram 215 mil produtores cooperados, recebem em seus armazéns o equivalente a 64% da produção de grãos e 45% da proteína animal no Paraná, das quais 48% são agroindustrializados nas 142 unidades e comercializadas no mercado brasileiro e em vários países do mundo. “Isso faz uma grande diferença em situações de adversidades climáticas e queda dos preços das commodities, conforme ocorrido no ano de 2023. É possível afirmar que, onde há uma cooperativa bem diversificada, há mais emprego e mais renda. A diferença, no caso das cooperativas, é que o resultado permanece no local de origem, gerando milhares de negócios no campo e na cidade”, enfatizou.

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