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Tecnologia BT, uma nova opção

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Enquanto os agricultores realizam a colheita do milho safrinha, já precisam começar a pensar quais culturas serão implantadas na safra de verão. Neste ano, a novidade que deve ser levada em conta pelo produtor rural é a tecnologia BT, a segunda geração de transgênicos.

Conforme a engenheira agrônoma Monise Thaís Herpich, da Copagril, a biotecnologia é hoje uma das ferramentas mais importantes para propiciar benefícios a diferentes setores da sociedade. No caso da agricultura, ações de pesquisa e desenvolvimento na área são fundamentais para o desenvolvimento de sistemas mais produtivos e sustentáveis.

No meio rural, um dos grandes feitos ao se utilizar a biotecnologia foi o desenvolvimento do milho BT. Ele é geneticamente modificado com o gene BT e expressa em seus tecidos (folhas e colmo) uma toxina que tem atividade somente sobre determinadas lagartas. Desta forma, as lagartas comem uma certa quantia de folhas e acabam morrendo, enquanto a toxina não é capaz de atingir outros animais e seres humanos, conforme ficou comprovado em diversas pesquisas.

Segundo Monise, para preservar o benefício da tecnologia do milho BT, é fundamental adotar o uso do refúgio no manejo da área cultivada. Esta área consiste no plantio de milho não BT em uma porcentagem da área a ser plantada com milho que tem biotecnologia empregada. Esta prática faz com que as lagartas naturalmente resistentes não transmitam esta característica para gerações futuras, o que tornaria a tecnologia BT ultrapassada. O tamanho do refúgio a ser adotado dependerá da área total de milho cultivado na propriedade, de acordo com o recomendado pela empresa registrante do híbrido.

Todo produtor que optar pelo cultivo da tecnologia BT deve fazer a sua parte, ou seja, implantar também o híbrido convencional, pois de nada adianta um produtor seguir o procedimento, se o seu vizinho não o fizer. Também é de responsabilidade das empresas fornecer híbridos de interesse que estejam em sua forma convencional, para que os produtores façam o refúgio.

Foram anos de pesquisa para que a tecnologia BT pudesse ser desenvolvida, e hoje está apta a ser utilizada e objetiva uma maior produção de grãos, o que aumentará o ganho do produtor. Por isso, pede-se para que os produtores que optarem pelo híbrido BT sejam conscientes, para que a tecnologia dure por muito tempo.

Texto e Fotos: Comunicação Copagril

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