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Indústria de esmagamento de soja em operação no complexo Copagril

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O Complexo Industrial Copagril, estrutura localizada ao lado do Portal de Marechal Cândido Rondon, já está em operação no recebimento e armazenamento de grãos e agora o processo industrial de esmagamento de soja faz parte das atividades. Em setembro, a diretoria executiva, superintendentes, conselheiros, empregados e prestadores de serviço participaram de ato simbólico com a benção do padre Sérgio Rodrigues, marcando o início das operações da indústria.









Diretoria, membros do Conselho e Superintendentes Copagril



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Ato simbólico e de benção no início das operações



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O complexo foi adquirido pela Copagril em leilão, a qual assumiu a posse da estrutura há um ano, desde então conta com recebimento e armazenamento de grãos e durante o período foram realizadas manutenções e melhorias no conjunto industrial de esmagamento de soja. “Em setembro iniciamos os testes e ajustes para o pleno funcionamento da Indústria de Esmagamento de Soja. A qual terá capacidade de esmagamento de 1.000 toneladas ao dia, soja que inclusive já temos disponível e depois seguimos com aquela recebida nas próximas safras”, explica o diretor-presidente da Copagril, Ricardo Sílvio Chapla, ao falar sobre a operação da indústria de esmagamento e o conjunto do complexo: “o complexo é composto por várias indústrias e a principal é de esmagamento de soja. Na sequência vamos passar para reformulação e ajuste da fábrica de rações, que poderá produzir vários tipos, entre elas rações para bovinos, peixes e também linha de animais de estimação, chamada linha pet. E ainda as duas indústrias de processados de soja, como lecitina e gordura protegida”.



Toda a estrutura, com mais de 167 mil metros quadrados foi assumida em 2020 e recebeu investimentos de aproximadamente R$ 30 milhões, em estruturas de armazenamento, recebimento, secador e na Indústria de Esmagamento. “Um bom resultado, com equipamentos e estruturas novas, retificadas, ajustadas e reformuladas. Isso vai proporcionar uma oportunidade muito boa para a cooperativa e consequentemente para os associados, para agregarmos valor em termos de soja e produtos derivados”, comenta Chapla sobre o trabalho no complexo, que tem aproximadamente 100 empregados diretos e ainda profissionais terceirizados. “Com a operação das outras indústrias ainda vamos aumentar as oportunidades de emprego”, completa.






Conjunto industrial, parte do esmagamento, identificado como Preparação



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Conjunto industrial para o processo de Extração



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Aproximadamente 100 pessoas trabalham no Complexo (empregados diretos). Na foto, parte da equipe Copagrl



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Cadeia produtiva



A soja é o grão mais produzido no Brasil, o que nos dá o título de maior produtor mundial. Sendo o principal uso para transformação da proteína vegetal (grão) em proteína animal (carne). Há um conjunto de etapas consecutivas, em que a soja passará por algum tipo de transformação, até ser convertida no produto final (farelo, óleo, lecitina, gordura protegida, casca, biodiesel, melaço, farinha, proteína, leite ou outros) e ser colocada no mercado na forma de produto para alimentação animal ou humana. "Tão importante quanto produzir quantidade, é produzir com qualidade", destaca a gerente de Gestão da Qualidade da Copagril, Nelsi Mittanck.



Ciência e tecnologia são aliadas na produção de sementes com alto padrão de vigor, germinação, resistência e produtividade. Já na lavoura, essas sementes precisam encontrar as condições ideais de cultivo, manejo e desenvolvimento, para que a planta expresse o melhor potencial produtivo.



Neste contexto, estando a soja concebida para potencializar seu melhor rendimento no campo, ao chegar na cooperativa, não é diferente. A recepção, classificação, beneficiamento, secagem e armazenagem são etapas igualmente importantes, comenta o supervisor operacional da Copagril, Diego Horie. “Nessa hora, cabe ao armazenador manter e refinar as características da soja por meio de recursos como instalações, métodos e processos adequados de controle das condições que têm impacto direto ou indireto no produto armazenado. Entre os cuidados estão as condições de temperatura, ventilação, umidade do ar ambiente, controle de pragas urbanas e pragas de grãos armazenados, além de outros”, explica.



O gerente do Complexo, Clecius George Schasiepen, chama a atenção para o cumprimento das regras nos processos e no complexo. “Associados, clientes e empregados precisam cumprir as medidas de acesso nas Unidades de Cereais. São regras e procedimentos para resguardar a integridade física das pessoas e também a segurança do alimento”, destaca o profissional.






Acesso principal ao Complexo Copagril



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Silos de estocagem da matéria-prima



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Beneficiamento



Após o recebimento do grão ele passará por etapas de pré-limpeza, limpeza, secagem e beneficiamento. Conforme explica a equipe de Qualidade Copagril, essas etapas não melhoram a qualidade do grão, porém são fundamentais para preservar o valor do produto, onde cada tipo/classe de soja terá um uso e destinação específica.



“O esmagamento da soja é o processo inicial da industrialização, que basicamente separa o grão em óleo bruto e farelo. Em termos de rendimento, o grão terá aproximadamente 76,5% de farelo e 18,5% de óleo. Farelo e óleo bruto/degomado ainda constituem matérias-primas para processos posteriores, ou seja, ainda deverão seguir por algumas etapas dentro da cadeia até serem um produto de consumo final”, descreve Clecius.



O farelo é utilizado largamente na ração animal. O óleo bruto também, porém o principal uso está no processo de refino até assumir propriedades ideais ao consumo humano como óleo comestível, visto que o óleo de soja é o mais comum dos óleos de uso doméstico.



“Ao passar a atuar neste elo da cadeia produtiva da soja com esmagadora própria – Unidade Industrial de Soja, a Copagril busca como principais ganhos, ter mais uma etapa do processo 'dentro de casa'. Em termos práticos significa melhores valores financeiros na produção do farelo e óleo bruto, esmagar a soja originada nas Unidades de armazenamento, reduzir custos logísticos e agregar valor às commodities”, comenta o superintendente de operações da Copagril, Egon Luiz Syperreck.





*Matéria divulgada na Revista Copagril Edição 121 (julho/agosto/setembro). Você pode conferir o conteúdo original em: https://www.copagril.com.br/revista/92