Com o grande volume de chuva que está ocorrendo, a atividade leiteira requer uma atenção especial, pois o excesso de umidade interfere na higiene das estruturas, dos animais, e com isso, amplia a possibilidade do rebanho em contrair mastites.
O médico veterinário da Copagril, Enio Todero, disse sobre os cuidados que o produtor deve ter. “Neste perÃodo de intensas chuvas, é normal a formação de barro nos locais onde as vacas devem passar para entrar nas estrebarias, o que muitas vezes acaba molhando e sujando os tetos, e quando tetos ficam por muito tempo úmidos, absorvem a água, e isso força uma abertura do esfÃncter dos tetos, o que é um convite para a mastite se instalar”, explicou.
Conforme ele, os principais contaminantes encontrados no barro que podem contribuir para a infecção dos tetos são os coliformes, dentre eles, a Escherichia Coli, a principal causadora de mastite clÃnica, na qual os sintomas são facilmente percebidos, que são úbere inchado, quente e vermelho.
A assistência técnica da Copagril orienta para redobrar o manejo neste perÃodo crÃtico, e recomenda o uso de seladores. “É preciso dar preferência na aquisição e aplicação da nova geração de seladores que possuem ácido lático, pois estes tem maior aderência e possuem ingredientes que colaboram para amaciar o teto. Os tradicionais, de iodo e cloro são irritantes para o úbere, e podem favorecer o aparecimento de rachaduras no teto, onde bactérias podem se instalar e provocar a mastite”, alertou.
Outra recomendação do médico veterinário é para que os produtores realizem adequadamente a lavagem dos úberes, antes e após a ordenha. “Utilizar adequadamente o selador e encaminhar os animais para comerem, pois esse procedimento fará com que as vacas permaneçam mais tempo de pé, e assim o esfincter poderá ser fechado novamente, antes de sofrer contaminações. Se for ordenhada e logo depois deitar-se ou sujar os tetos facilitará a entrada de bactérias”, concluiu Enio.
Texto e Fotos: Comunicação Copagril