A cultura do milho safrinha está em constante desenvolvimento. De acordo com o engenheiro agrônomo da Copagril Edimar Oswald, do milho safrinha compreendido na área de ação da Copagril, boa parte já está em fase de pendoamento ou florescimento. “Acreditamos que até o final de semana 30% da lavoura chegará a este estágio, no mais tardar no inÃcio da próxima semana. As demais áreas atingirão o estágio mais importante da cultura, possivelmente, no final de abril, meados de maio”, enfatizou.
O engenheiro declarou que a cultura está se desenvolvendo bem, resultado do clima na região. No entanto, é preciso ter cautela, pois ainda há um longo caminho a ser percorrido. “Faltam quase 90 dias até o final de junho, ainda precisamos de um clima favorável, com precipitações pluviométricas regulares, sem excessos, sem clima muito frio e ocorrência de geadas. Chuvas, baixas temperaturas e geadas, normalmente favorecem o aparecimento de doenças, causando perdas de produtividade”, especificou o agrônomo.
“Existem áreas onde ainda é possÃvel fazer um controle de pragas e doenças. No entanto, a maioria dos associados já fizeram as aplicações de fungicidas”, afirmou Edimar. Para quem ainda não aplicou, a recomendação é que faça o quanto antes, pois a região está passando por um perÃodo de umidade, o que é propÃcio para a cultura, mas também pode favorecer o surgimento doenças. Conforme Edimar, as previsões indicam que o mês de maio será bastante chuvoso. “Apesar dos hÃbridos implantados na safrinha serem bastante tolerantes à s doenças, principalmente em condições climáticas normais, numa condição um pouco mais adversa, com excesso de umidade, muitos dias nublados, a incidência de doenças pode ser maior”, alertou.
Comprovou-se, em testes realizados na Estação Experimental da Copagril, que ao fazer as aplicações recomendadas, o produtor pode ter um aumento de produtividade de 10 e 20 sacas por alqueire, o que certamente paga o produto aplicado e ainda garante uma renda a mais. Apesar disso, Edimar explicou que os produtores que ainda não realizaram as aplicações de fungicidas encontram-se um pouco receosos, pois observam uma queda nos preços do milho e acreditam não ser viável investir ainda mais na cultura. No entanto, é de consenso da área técnica que, se o produtor, por meio das aplicações, aumentar a produtividade, poderá contrapor o baixo preço.
Em se tratando do aparecimento de pulgões no milho, o engenheiro agrônomo declarou que algumas propriedades têm apresentado focos da praga. Mas, é importante frisar, segundo pesquisas, o pulgão é uma praga secundária na cultura, que não tem causado grandes prejuÃzos nos anos em que as chuvas ocorreram normalmente. “O pulgão tem trazido grandes preocupações e merece maior atenção em anos secos e com temperaturas elevadas. Acreditamos que as chuvas abundantes somadas ao aparecimento dos inimigos naturais, como a joaninha, essa praga não deverá causar prejuÃzos à s lavouras”, disse.
Conforme o agrônomo, existem hÃbridos que tem uma tolerância maior e outros mais suscetÃveis a infestações, por isso é recomendado que os produtores fiquem atentos. Caso acreditam que seja necessário realizar o controle, podem fazê-lo associando fungicidas a um produto especÃfico para o controle do pulgão.
Texto e Fotos: Comunicação Copagril