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COOPERATIVAS DO PARANÁ

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Setor investe no desenvolvimento humano

 

O processo de formação e de preparo das pessoas ligadas cooperativismo do Paraná avançou em 2011 e será intensificado em 2012. “Temos atuado fortemente nessa área, abrangendo todos os públicos – cooperados, dirigentes, colaboradores, mulheres e jovens.

Muitos dos cursos possuem alto grau de exigência, como os MBAs e as pós graduações, voltados à gestão das sociedades cooperativas. Somente neste ano estão sendo realizados 35 eventos como esses. Nossa meta para o ano que vem é continuar investindo no desenvolvimento humano. Queremos aumentar em pelo menos 20% a quantidade de eventos e de participações, pois acreditamos que essa é a base para a manutenção dos bons resultados obtidos pelo cooperativismo paranaense”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

Em 2011, o setor aplicou mais de R$ 15 milhões – valor 16% superior ao do ano passado – em cerca de 4.500 ações de formação profissional e promoção social, beneficiando 127 mil cooperativistas de todo o Estado. As atividades foram desenvolvidas pelas cooperativas com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR). Koslovski lembra que o Sescoop/PR já treinou mais de um milhão de pessoas desde que foi criado, em 1999. Naquele ano, foram aplicados R$73 mil em 15 projetos, abrangendo 784 participantes. “Houve uma evolução muito grande nessa área. Isso tem se refletido no dia a dia das cooperativas, que estão sendo administradas por profissionais cada vez mais qualificados, nos dando condições de atuarmos com eficiência nesse mercado extremamente competitivo e exigente, porém sem perder de vista os nossos princípios e o nosso principal objetivo, que é a melhoria da renda e da qualidade de vida dos nossos 680 mil cooperados”, acrescentou Koslovski.

 

DESAFIOS

 

O presidente da Ocepar ressalta ainda que a capacitação do setor também é fundamental para o enfrentamento dos desafios que vem pela frente. “Ainda nos preocupa as consequências da crise pela qual atravessa a economia mundial. As cooperativas devem planejar bem suas atividades e fazer investimentos seguros que proporcionem retorno, acompanhando com olho clínico a evolução da conjuntura internacional e as tendências futuras. Também é importante orientar constantemente os cooperados sobre a condução de suas atividades”, frisa Koslovski.

De acordo com ele, as 240 cooperativas paranaenses vêm enfrentando as mudanças geradas nos últimos anos pela instabilidade econômica mundial com muita determinação, pragmatismo e profissionalismo. “Por isso, 2011 foi positivo para o nosso cooperativismo. Superamos as dificuldades que tivemos no início do ano devido às incertezas provocadas pela crise mundial e aos problemas climáticos que afetaram as nossas lavouras, como incidências de geadas em algumas regiões do Estado. Felizmente, a safra apresentou um bom rendimento, os preços dos produtos agrícolas se mantiveram bons e as nossas cooperativas bateram recordes de recebimento de grãos. Assim, devemos finalizar o ano com aumento de 14% na movimentação econômica em relação ao ano passado, o que representa uma receita de R$ 30 bilhões”, afirma o presidente da Ocepar.

 

EXPORTAÇÕES

 

Koslovski informou ainda que as cooperativas do Paraná ampliaram suas exportações, que devem superar os US$ 2,2 bilhões em 2011, contra US$ 1,64 bilhão contabilizados no ano passado, com mais de 50 produtos comercializados para mais de 100 países. “Somos responsáveis por mais de 38% dos embarques realizados pelo cooperativismo brasileiro”, afirma. Em relação aos investimentos, o setor está aplicando neste ano mais de R$ 1,1bilhão em projetos de infraestrutura, inovação em tecnologia e agroindustrialização. “Estamos superando os 42% de participação no total do parque agroindustrial do Estado e queremos chegar a 50% até 2015”, ressalta.

O ramo crédito também se destaca no cooperativismo paranaense pelo crescimento geométrico no número de cooperados, que já chegou a aproximadamente meio milhão, e por sua participação crescente na concessão de financiamento para o setor produtivo. “Em 2011, as cooperativas de crédito responderam por cerca de 20% dos financiamentos de custeio feitos pelos agricultores do Paraná. É um resultado extremamente positivo para a democratização de acesso ao crédito para milhares de pessoas”, afirma ele.

De acordo com ele, mais de 2,5 milhões de paranaenses dependem das ações do cooperativismo, que ainda é responsável pela geração de 1,5 milhão de postos de trabalho. “Cerca de R$ 1,25 bilhão em impostos são recolhidos pelo setor aos governos municipal, estadual e nacional, evidenciando que o cooperativismo tem realizado um trabalho fantástico na viabilização dos negócios de seus cooperados”, sublinhou.

 

ANO INTERNACIONAL

 

Para Koslovski, a expectativa em relação a 2012 é grande já que a Organização das Nações Unidas declarou como Ano Internacional das Cooperativas, tendo como tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”. “O objetivo é aumentar o interesse público sobre as cooperativas, mostrando sua contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e o alcance das metas do milênio, além de encorajar os governos a estabelecerem políticas, leis e regulamentações condizentes e propícias para a formação, o desenvolvimento e a estabilidade do setor”, destacou, reportando-se ainda às palavras do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon. “Ele disse que as cooperativas existem para mostrar à comunidade internacional que é possível buscar viabilidade econômica com responsabilidade social. Vamos aproveitar essa oportunidade para que mais pessoas tenham conhecimento sobre o importante papel que o cooperativismo desempenha não só em nosso Estado, como em todas as partes do mundo”, finalizou.

Fonte: Comunicação Ocepar Fotos: Arquivo Copagril

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