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Controle de Percevejos na Cultura do Milho Safrinha

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Nos últimos anos, a área cultivada da cultura do milho safrinha teve aumento expressivo, sendo que a maioria das lavouras é plantada após a colheita da soja. Neste sistema, algumas pragas que eram consideradas preocupantes apenas na cultura da soja, hoje também causam prejuízos significativos nas lavouras de milho.

 

 

 

Quando o milho eram plantado apenas com híbridos convencionais, a lagarta-do-cartucho era considerada a principal praga desta cultura. Contudo, com a liberação comercial da tecnologia Bt e a possibilidade de controle desta praga, outros insetos, como os percevejos, ganharam importância a ponto de merecerem especial atenção de técnicos e produtores na condução de suas lavouras.

Atualmente, existem dois gêneros de percevejos que são considerados pragas da cultura da soja e causam enormes prejuízos no milho safrinha: o percevejo barriga-verde e o percevejo-marrom. Em função do comportamento e hábitos alimentares, a identificação destes insetos a campo é difícil. De forma geral, eles podem ser encontrados sob restos de cultura (palhada) nos horários mais quentes do dia, bem como em grãos após a colheita da soja e em plantas daninhas.

As condições climáticas predominantes durante a fase de desenvolvimento da cultura da soja exercem grande influência sobre a incidência de percevejos no milho safrinha. Quando as temperaturas estão mais elevadas, observa-se maior ocorrência de percevejo-marrom, quando as temperaturas estão mais amenas, observa-se maior ocorrência do percevejo barriga-verde.

Os danos causados pelo barriga-verde variam de leves, com a presença de folhas com pequenas perfurações simétricas, até severos, com danificação do cartucho, formação de perfilhos ou, até mesmo, a morte da planta.

Os relatos da ocorrência do percevejo-marrom em lavouras de milho surgiram nos últimos anos e nunca estiveram associados a danos expressivos nesta cultura. Inicialmente, foi observada a presença dele em plantas de milho mais desenvolvidas, até a fase de enchimento de grãos, em que o inseto fica próximo à espiga sugando nutrientes, mas sem causar danos aparentes.

O eficiente controle de percevejos está diretamente ligado ao programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP), em que assistência técnica e produtores devem tomar ações conjuntas, visando reduzir o impacto desta praga.

Conforme o Engenheiro Agrônomo da Copagril Paulo Brunetto, “um dos primeiros passos é o controle efetivo de percevejos na cultura da soja, o que reduzirá as perdas nesta cultura e também as populações para o milho safrinha”.

Segundo o técnico, como o milho safrinha já está com boa parte implantada e emergindo, é importante o acompanhamento e monitoramento da pressão de percevejos para a adoção de medidas complementares de controle, como aplicações pós-iniciais. “Esse controle deve ser realizado se observado dois ou mais percevejos por metro quadrado de cultivo”, orienta Brunetto.

Com isso, a área técnica agronômica da Copagril orienta os produtores a fazerem o monitoramento constante e, também, realizar consultas junto ao corpo técnico da cooperativa. “Ações de controle no início da infestação da cultura tendem a trazer maiores resultados e diminuir os custos de produção” enfatiza Paulo.

Texto e Fotos: Comunicação Copagril

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