O ano começa com boas expectativas para os produtores de aves de corte e pintainhos. Após enfrentar uma crise que se arrastou por mais de seis meses, a cadeia produtiva dá sinais de recuperação. Hoje (17/01), os preços começaram a subir.
Esta tendência de recuperação de preços e queda de oferta de produtos já foi percebida na maior produtora de ovos férteis e pintos de um dia da América Latina, a Globoaves. O presidente da empresa, Roberto Kaefer, destaca que este cenário traz para a avicultura uma conjuntura de estabilidade em razão do equilÃbrio entre oferta e procura de produtos. "Entendemos que as empresas estão conseguindo se reorganizar para um novo ciclo de desenvolvimento que está se iniciando, seja no setor de pintos e ovos férteis, assim como no setor de carnes", destaca.
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Frangos de corte
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Segundo a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), a produção de carne de frango foi de 12,645 milhões de toneladas no ano passado, o que representa uma queda de 3,17% em relação a 2011, desaceleração causada pela alta dos insumos e da crise de crédito, que acabou levando muitos produtores a reduzirem a produção e até mesmo a encerrar a atividade. A diminuição de frango no mercado promoveu uma adequação entre oferta e procura, elevando os preços. Com isso, o segmento também começou 2013 mais otimista.
Segundo o presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), Érico Pozzer, o ajuste de mercado teve inÃcio no ano passado. Entre outubro e dezembro, a diminuição da oferta fez com que os preços subissem a um patamar em que o faturamento cobria os custos, porém não havia lucro para o produtor. Ele diz que hoje a produção está controlada e a tendência é que este ano o preço de venda do frango seja melhor do que no ano passado. No estado de São Paulo, em março do ano passado o quilo do frango vivo foi vendido a R$ 1,80, enquanto neste mês chegou a ser comercializado em R$ 2,35. Segundo o empresário Roberto Kaefer, presidente da Globoaves, alguns negócios chegaram a ser fechados a R$ 3,00.
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Paraná
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No Paraná, maior produtor e exportador de frangos de corte do paÃs, o otimismo com relação à recuperação do setor também prevalece. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos AvÃcolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, o segmento fez a lição de casa e está conseguindo superar a crise devido a sua organização. Segundo ele, mesmo com a turbulência enfrentada no ano passado, algumas empresas paranaenses se fortaleceram, investiram em novos negócios e novos mercados.
De acordo com Martins, o ajuste de mercado que está ocorrendo nas últimas semanas já contribuiu para a melhora do preço de comercialização do quilo do frango. "Toda a cadeia está sendo beneficiada pela lei da oferta e da procura, desde o produtor de pintainhos até a indústria. Já está sendo possÃvel trabalhar com certa margem de lucro", comenta.
Domingos aposta no fato da carne de frango ser proteÃna de origem animal mais acessÃvel para manter as vendas em alta e ressalta que as lideranças do setor aguardam por medidas, por parte do Governo, para evitar a redução na produção e o repasse de preços ao consumidor. "O governo deve usar todas as ferramentas que dispõem para olhar para essa cadeia tão importante para a economia brasileira. O setor avÃcola emprega uma enorme quantidade de pessoas, mantém efetivamente a população no campo. Só no Paraná é responsável por 660 mil empregos", observa. (Fonte: CNC Comunicação) Apinco - Associação Brasileira de Produtores de Pinto de Corte secretário-executivo da associação, José Carlos Godoy,
Texto e Fotos: Comunicação Copagril